Malcolm X, nascido Malcolm Little em 19 de maio de 1925, foi uma das figuras mais influentes e controversas do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. Sua vida e legado continuam a inspirar debates e reflexões sobre racismo, justiça social e ativismo.
Nascido em Omaha, Nebraska, Malcolm X enfrentou desde cedo as dificuldades de ser negro em uma sociedade racista. Seu pai, Earl Little, era um pastor baptista e ativista pelos direitos civis, e sua mãe, Louise Little, enfrentou inúmeras adversidades após a morte do marido. A família sofreu perseguições do Ku Klux Klan, o que levou Malcolm a ser colocado em um orfanato aos 13 anos.
Na adolescência, Malcolm se envolveu com atividades criminosas em Boston e Nova York, o que resultou em sua prisão em 1946. Foi durante seu tempo na prisão que ele começou a se interessar pelo Islam e pela Nação do Islam, uma organização que pregava a separação racial e a autodefesa dos negros. Malcolm adotou o nome Malcolm X para simbolizar sua rejeição ao sobrenome de escravos e sua busca por uma identidade africana.
Após sua libertação em 1952, Malcolm X se tornou um dos líderes mais carismáticos e eloquentes da Nação do Islam. Ele defendia a criação de um estado negro separado e a rejeição da cultura branca, o que o colocou em conflito com líderes do movimento pelos direitos civis, como Martin Luther King Jr., que pregava a não violência e a integração racial.
Em 1964, Malcolm X rompeu com a Nação do Islam e se converteu ao Islam ortodoxo, realizando uma peregrinação a Meca. Essa experiência transformou sua visão sobre o racismo e a humanidade, levando-o a adotar uma perspectiva mais universalista e a trabalhar pela unidade entre todas as raças.
No entanto, sua vida foi trágica e abruptamente interrompida. Malcolm X foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, durante um discurso em Nova York. Seu legado continua a ser celebrado e estudado, especialmente por sua coragem em desafiar o sistema de racismo estrutural e sua busca incansável por justiça e igualdade.
Malcolm X deixou um impacto duradouro na luta pelos direitos civis e na conscientização sobre as questões raciais. Sua autobiografia, “A Autobiografia de Malcolm X”, escrita em colaboração com Alex Haley, é um testemunho poderoso de sua vida e de suas transformações pessoais e políticas.
Atualmente, sua influência pode ser vista em diversos movimentos sociais e culturais ao redor do mundo, que continuam a lutar contra o racismo e a promover a igualdade racial. Seu nome é lembrado como um símbolo de resistência e de luta por um mundo mais justo e igualitário.